Reivindicação histórica: trabalhadores de bancos incorporados ao BB poderão migrar para Cassi e Previ
31/07/2025
Banco do Brasil
A Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com a direção do banco, nesta quarta-feira, 30, para discutir a integração dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados — Banco Nossa Caixa (BNC), Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Banco do Estado do Piauí (BEP) — à Previ e à Cassi.
A apresentação de uma proposta até 31 de julho foi um compromisso assumido pelo banco em reunião no dia 5 de fevereiro, quando foi anunciada a criação de um Grupo de Trabalho (GT) voltado exclusivamente ao tema. A medida atendeu reivindicação histórica e sua efetivação ainda depende de ajustes, que serão conduzidos com acompanhamento da Comissão de Empresa.
Migração para a Previ
O BB apresentou a possibilidade de migração dos planos de previdência Previ BEP, Economus e Fusesc para a Previ, mantendo direitos e características atuais, com a possibilidade de que, em seguida, funcionários da ativa optem pela migração para o Previ Futuro. A CEBB avaliou que a proposta é um avanço, por permitir ganhos aos trabalhadores, redução de custos para o banco, como copatrocinador, e para as associações, além de contribuir para a otimização da gestão dos recursos previdenciários.
A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a importância do momento e fez um alerta sobre a necessidade de atenção às mudanças. “É fundamental que os colegas que optem pela migração compreendam bem as regras e as diferenças que entrarão em vigor para que tomem decisões conscientes e seguras”, afirmou.
Uma das reivindicações centrais era a inclusão dos funcionários oriundos de bancos incorporados na parcela 2B da tabela PIP. Até o momento, a única alternativa é que aqueles que migrarem para o Previ Futuro possam pontuar na nova tabela, tornando-se aptos a contribuir para a 2B — parcela em que o banco contribui na mesma proporção.
Pós-laboral: luta segue na mesa de custeio da Cassi
No campo da saúde, o banco informou que permitirá a adesão dos funcionários da ativa, oriundos dos bancos incorporados, ao plano da Cassi, após a apresentação da proposta da mesa de custeio da Cassi — espaço onde estão sendo discutidas, entre outras questões, as regras do pós-laboral para novos ingressantes. O estatuto vigente estabelece que os novos participantes do plano só poderão permanecer na Cassi após a aposentadoria como autopatrocinados, ou seja, sem contribuição do banco.
A CEBB avaliou que, para garantir isonomia plena, a proposta deve incluir o direito ao pós-laboral.
Acompanhamento
Os representantes dos trabalhadores exigiram e garantiram a instalação de uma mesa mensal, com participação da Previ e da Cassi, para monitorar a implementação das mudanças e garantir transparência e participação. O banco concordou com a proposta.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT