Audiência pública na Assembleia Legislativa denuncia terceirizações e abusos do Santander

21/08/2025

Santander
Audiência pública na Assembleia Legislativa denuncia terceirizações e abusos do Santander

O Sindicato participou de mais uma audiência pública, nesta quarta-feira, 20, para denunciar o fechamento de agências, a terceirização e a precarização do trabalho bancário no Santander. O evento ocorreu na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e é resultado de requerimento da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que acolheu um pedido feito pela entidade.

Ramon Peres, presidente do Sindicato, compôs a mesa e destacou que as práticas abusivas do Santander afetam toda a sociedade. “Estamos aqui para apresentar denúncias gravíssimas! O Santander tem colocado o lucro acima de tudo, desrespeitando trabalhadores e clientes de diversas formas. O banco elimina empregos, transfere clientes sem qualquer consentimento e fecha agências. Trata-se de um golpe à economia brasileira e um dano para toda a sociedade”, afirmou.

A mesa também foi composta pela diretora do Sindicato Paula Moreira, que integra a Comissão de Organização de Empregados (COE) do Santander; o diretor financeiro do Sindicato, Wagner dos Santos, que também é funcionário do banco; a diretora do Sindicato dos Bancários de Divinópolis, Renata Gonçalves; o presidente da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, Betão (PT); o presidente da CUT Minas, Jairo Nogueira; o superintendente regional do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans; o presidente da Fetrafi-MG, Carlindo Dias; e o advogado e assessor jurídico do Sindicato Leílton Mendes. O Santander foi convidado, mas não compareceu como das outras vezes.

Paula Moreira, em sua apresentação, explicou mais sobre as transformações no banco, incluindo fusões de agências, transferências súbitas de trabalhadores e inclusive mudanças de nomenclatura, passando a chamar agências de “lojas” e acabando com o cargo de gerente. “O banco tem transferido funcionários para outras empresas da mesma holding. Existem mais de 20 CNPJs criados ou adquiridos pelo Santander, que prestam serviços para o banco. Então, muitos trabalhadores terceirizados continuam realizando as mesmas funções de bancários, mas com remunerações menores e menos direitos", destacou.

A dirigente voltou a denunciar divergências em relação aos dados do Santander no Banco Central e a realidade nas cidades. “O banco realiza fusão das agências. Na prática, quando uma unidade é fechada, o que parece é que a informação não é repassada ao Banco Central, fazendo parecer que ela continua em funcionamento. Um exemplo disso acontece na Savassi, onde existem 13 códigos de agências registrados em um único endereço. Então, o número de unidades encerradas é muito maior do que imaginamos, já que muitos desses encerramentos sequer são devidamente contabilizados”, destacou.

Veja mais fotos e a audiência pública na íntegra abaixo:

Outras notícias