Demissões no Itaú: coordenação da COE se reuniu com o banco e pediu revisão de desligamentos
09/09/2025
Itaú
A coordenação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com o banco, nesta terça-feira, 9, para pedir a revisão das mais de 1.000 demissões realizadas pelo banco na segunda-feira, 8. O banco aceitou avaliar apenas as demissões de pessoas adoecidas.
A maioria dos desligamentos ocorreu na base do Sindicato dos Bancários de SP, de bancárias e bancários que trabalhavam no Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima em regime híbrido ou integralmente remoto. A justificativa foi que esses empregados estavam sendo monitorados há mais de seis meses e foi detectada "baixa aderência ao home office".
Transparência
“As pessoas foram monitoradas por seis meses e o banco não deu nenhum alerta sobre a alegada baixa aderência. Não houve nenhuma possibilidade de se opor, ou de se defender”, observou a coordenadora da COE, Valeska Pincovai. “Além de não ter havido qualquer advertência prévia aos trabalhadores, também não houve qualquer diálogo com o Sindicato, num claro desrespeito aos bancários e à sua representação sindical”, acrescentou.
A representação dos trabalhadores argumentou que o critério para as demissões é questionável, tendo em vista a complexidade do trabalho bancário e outros cenários. A COE solicitou, ainda, negociação sobre o acordo de teletrabalho e que haja transparência em relação ao monitoramento do banco.
Reposição já!
No último semestre, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta. É o maior banco do país em ativos. Mesmo com esse resultado, segue extinguindo postos de trabalho: em 12 meses, o banco cortou 518 postos de trabalho, reduzindo o quadro de pessoal da holding a 85.775 empregados. Por isso, o movimento sindical cobra mais contratações e, caso não haja reintegração dos demitidos, reposição das vagas fechadas.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT e Seeb-SP