A CAIXA divulgou, nesta quarta-feira, 17, os resultados referentes ao primeiro semestre de 2025. O lucro líquido contábil no período chegou a R$ 9,784 bilhões, o que representa um crescimento de 70,22% em relação aos seis primeiros meses de 2024, quando o lucro foi de R$ 5,748 bilhões.
“O banco precisa valorizar mais seus empregados e empregadas, que sempre conseguem entregar bons resultados, mesmo com os inúmeros problemas que precisam superar, seja nos sistemas, que falham constantemente, seja na falta de dinheiro para o fornecimento de crédito, seja pela sobrecarga”, pontuou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA, Felipe Pacheco.
O coordenador destacou que uma boa forma de reconhecer o empenho dos trabalhadores seria o banco retirar o teto dos seus gastos com a saúde do quadro de pessoal, fixado no Estatuto Social, pela própria CAIXA, em 6,5% da folha salarial. “Os empregados já estão sufocados pelos valores que precisam pagar pelas mensalidades do Saúde Caixa. E neste ano tem negociação para a renovação do acordo do plano de saúde. Se esse teto for excluído, a CAIXA pode voltar a arcar com 70% dos custos, que é o percentual permitido pelos órgãos reguladores”, completou o coordenador da CEE, ao lembrar que na sexta-feira, 19, tem reunião com o banco para dar continuidade às negociações para a renovação do acordo.
PLR
Com a divulgação do resultado do semestre, o banco também já pode pagar aos empregados a primeira parcela da PLR. Conforme está definido no ACT da PLR, a data limite para pagamento é 30 de setembro. A Contraf-CUT solicitou a antecipação do pagamento e espera que ele seja realizado na sexta-feira, 19, juntamente com o salário.
CAIXA não pode reduzir adiantamento
Em 2023, quando o pagamento da PLR foi realizado, a CAIXA adotou o percentual de distribuição de 26% ao invés dos 45% da remuneração-base para calcular a antecipação da regra básica da PLR (que é o limite previsto no Acordo Coletivo). Em 2024, nova decepção: a CAIXA adotou 28% da remuneração-base. A representação dos trabalhadores espera que, com o crescimento apresentado no lucro neste ano, a CAIXA calcule o valor adotando os 45% previstos no ACT.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT e APCEF/SP