1° Encontro das Bancárias de BH e Região debate a importância das redes de apoio para romper o machismo estrutural

20/09/2025

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1° Encontro das Bancárias de BH e Região debate a importância das redes de apoio para romper o machismo estrutural

Neste sábado, 20 de setembro, o Sindicato promoveu o 1• Encontro das Bancárias de Belo Horizonte e Região. O evento, que aconteceu no Hotel Normandy, no centro de BH, debateu questões como legislação, violência de gênero e desafios no mercado de trabalho, além da necessidade de criação de redes de apoio e de transformar essa união em conquistas coletivas. 

Viviane França, que é advogada e Secretária Municipal de Defesa Social de Contagem, promoveu um debate sobre o machismo estrutural e seus impactos no mercado de trabalho e na vida das mulheres. A palestrante citou diversos tipos de violência que acometem as mulheres, como moral, política, psicológica, sexual e física. “Toda violência surge com o objetivo de nos silenciar e vivenciamos este tipo de desrespeito em diversos momentos de nossas vidas”, afirmou. 

Como uma mulher que atua na esfera política, Viviane destacou que enfrenta um espaço majoritariamente masculino e que vivencia a violência política diariamente. “A violência política e no trabalho inclui diversas formas de desrespeito. Temos nossa capacidade intelectual questionada todos os dias, bem como nossa sexualidade e nossas escolhas pessoais. Tudo isso é feito para tentar nos desencorajar e nos retirar dos espaços de debate e de liderança”, destacou. A palestrante lembrou que as mulheres devem estar unidas para conquistar cada vez mais espaços de representação, principalmente, na política. 

“Reconhecer os avanços das mulheres nos espaços sociais é fundamental, mas não é o suficiente! Precisamos de estratégias para viabilizar a nossa permanência nesses espaços”, disse. 

Empatia e redes de apoio 

Durante a tarde, Carla Montebeler, pesquisadora, escritora e ex-bancária do Banco do Brasil, conversou com as participantes sobre a necessidade de criarmos ambientes de trabalho mais acolhedores para as mulheres. Ela destacou a importância das redes de apoio para que as trabalhadoras sintam mais segurança e confiança dentro do mercado de trabalho. 

“Dentro da agência, se uma colega de trabalho realiza uma denúncia contra um assediador, o meu papel como mulher é apoiá-la, dar uma palavra de conforto, pois isso pode ser essencial para que ela se sinta bem com ela mesma. Precisamos romper os ciclos de assédio e violência juntas!”, lembrou. 

As participantes realizaram dinâmicas musicais e corporais para promover a confiança, autoestima e valorização entre as mulheres. Ao fim do Encontro, também foi realizada uma rodada de sugestões e formulação de propostas de ação e mobilização.

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