01/10: Dia da Pessoa Idosa expõe desafios e necessidade de políticas públicas no Brasil

O Dia da Pessoa Idosa, celebrado em 1º de outubro, vai muito além de uma data comemorativa. É um momento de reflexão e reforço da luta pelos direitos desta população, que vem aumentando no Brasil e ainda enfrenta muitos desafios para viver com dignidade.

“O dia 1º de outubro, para além de uma data eventualmente celebrativa, nos coloca a possibilidade de refletirmos sobre os problemas cotidianos vivenciados por esta população, em especial quando situada nos extratos mais empobrecidos da população”, afirmou Ari Aloraldo do Nascimento, Secretário Nacional de Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas da CUT

Segundo o Censo Demográfico de 2022, pessoas com 60 anos ou mais representam 15,8% da população brasileira — cerca de 32,1 milhões de pessoas. Em 2010, eram 10,8% (20,6 milhões). Esse crescimento de 56% em pouco mais de uma década revela a aceleração do envelhecimento no país e a expectativa de vida também aumentou: de 45,5 anos em 1940 para 76,4 em 2023.

Entre avanços recentes voltados para a população acima de 60 anos, estão o Estatuto da Pessoa Idosa, a Política Nacional do Idoso e a existência de conselhos e fundos específicos. No entanto, muitas garantias ainda não se concretizam plenamente no dia a dia. Além disso, idosos e idosas ainda sofrem com a violência física, psicológica e financeira, além da precarização do trabalho.

Outro ponto é a exclusão digital e as dificuldades de acesso a serviços essenciais, como ocorre com os fechamentos nos bancos. “Nos serviços bancários, cada vez mais automatizados, idosos ficam expostos a golpes e constrangimentos. O mesmo ocorre em áreas como saúde e telefonia, onde os canais de atendimento despersonalizados beiram a humilhação”, criticou o dirigente da CUT.

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Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf e CUT