Empregados conquistam reajuste zero para o Saúde Caixa

Empregados conquistam reajuste zero para o Saúde Caixa

Depois das fortes mobilizações ocorridas nesta semana nas agências e unidades administrativas da CAIXA, as negociações avançaram nesta sexta-feira, 10, para uma proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa. A nova proposta garante a manutenção do percentual do salário a ser pago pelos titulares (3,5%) e do valor fixo pago pelos dependentes (R$ 480).

O acordo será avaliado pelo Comando Nacional dos Bancários e, encaminhado para avaliação em assembleias dos empregados da CAIXA em todo o país.

"Essa proposta foi uma grande vitória, que só foi possível através da mobilização das empregadas e empregados. Além do reajuste zero, também conseguimos garantir os princípios do mutualismo e pacto intergeracional. Outra conquista muito importante foi a inclusão dos filhos de 24 a 27 anos no plano, pauta que já era uma reivindicação antiga dos trabalhadores", destacou Cardoso, vice-presidente da Fenae.

Veja abaixo o resumo da proposta: 

Pauta de Reivindicações Atendidas

  • Reajuste zero, permanecendo as regras atuais;
  • Respeito ao pacto intergeracional e mutualismo;
  • Ampliação do plano de saúde para filhos até 27 anos (R$ 800,00);
  • ACT válido até a próxima data-base (31/08/2026).

Outros pontos negociados em 2025

  • Serão vertidas ao Saúde Caixa as contribuições, patronal e pessoal, incidentes sobre valores pagos a empregados e ex-empregados, decorrentes de processos judiciais trabalhistas individuais, coletivos e acordo judiciais que tenham como objeto parcelas de natureza salarial (a partir da assinatura do acordo);
  • Não poderá haver retorno ao plano após eventual saída (cancelamento do plano). Para aqueles que já saíram do plano, será concedido um prazo até 1º janeiro de 2026 para retorno;
  • Carência de 3 meses para novos contratados;
  • Elaboração de medidas estruturantes em 2026, com vistas à sustentabilidade do plano. Com retomada já em novembro das mesas permanentes de negociação com vistas a preparar o debate para o próximo ano.

Importância das mobilizações em todo o país

“Tivemos grandes atos em todo o país, que demostraram o engajamento e a disposição das empregadas e empregados para defender as reivindicações apresentadas ao banco. Essa participação em massa nas atividades propostas pelas entidades sindicais e associativas foi um alerta para que a CAIXA trouxesse uma proposta que atendesse nossas reivindicações básicas”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA, Felipe Pacheco.

O diretor e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com a CAIXA, Rafael de Castro, reforça a importância das manifestações. “A mobilização levou à conquista. Precisamos manter essa mobilização para trabalharmos pelo fim do teto de 6,5% para gastos da CAIXA com a saúde dos empregados e pelo direito de os admitidos a partir de setembro de 2018 manter o plano de saúde após a aposentadoria com as mesmas condições de quem tem mais tempo de banco”, disse. “Bom como para tratarmos de outras questões que afetam o dia a dia de trabalho nas agências e unidades administrativas do banco”, completou.


Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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