Bradesco segue demitindo e fechando unidades enquanto lucro cresce 28,2%

31/10/2025

Bradesco
Bradesco segue demitindo e fechando unidades enquanto lucro cresce 28,2%

O Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 18,136 bilhões, nos nove primeiros meses de 2025, o que representa alta de 28,2% em relação ao mesmo período de 2024. No terceiro trimestre, o banco lucrou R$ 6,205 bilhões, alta de 2,3% em relação ao trimestre anterior.

Porém, mesmo com bons resultados, o Bradesco fechou 2.557 postos de emprego bancário em doze meses, sendo 572 apenas no terceiro trimestre. De acordo com o banco, o fechamento de postos se deu “em linha com a estratégia de otimização do custo de servir, enquanto seguem reforçando equipes de tecnologia, operações e negócios”.

Ao mesmo tempo, foram fechadas 296 agências, 1.246 postos de atendimento (PA e PAE) e 61 unidades de negócios em doze meses. Já a base de clientes cresceu em 1,1 milhão no mesmo período, totalizando 74 milhões.

“O Bradesco segue com sua política de fechamento de postos de trabalho enquanto a base de clientes aumenta consideravelmente. O resultado disso é a sobrecarga de trabalho e os adoecimentos para os bancários que ficam, e a piora do atendimento para os clientes. Soma-se a isto o fechamento de agências, que vem dificultando ainda mais o atendimento pessoal, o que prejudica grande parte da população, que vê como única alternativa o uso do correspondente bancário, que não tem os direitos da categoria e presta atendimento precarizado”, afirmou Erica de Oliveira, coordenadora da Comissão de Organização dos Funcionários (COE) do Bradesco.

As receitas com prestação de serviços e rendas das tarifas bancárias cresceram 5,1% em doze meses, totalizando R$ 23 bilhões. Já as despesas de pessoal, considerando-se o pagamento da PLR, aumentaram 9,0% no período, chegando a quase R$ 19,8 bilhões. Assim, em setembro de 2025, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 116,4%.

“Isso mostra que o Bradesco tem totais condições de contratar mais para prestar atendimento melhor à população que paga essas tarifas bancárias, mas, em contrapartida, é empurrada cada vez mais para os canais digitais, que não suprem o atendimento humanizado”, criticou Erica. 

 

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com SP Bancários

 

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