Discursos irresponsáveis e omissão colocam em risco o Saúde Caixa em BH e região

Discursos irresponsáveis e omissão colocam em risco o Saúde Caixa em BH e região

A reprovação do acordo do Saúde Caixa, em Belo Horizonte e região, na Assembleia de 11 e 12 de novembro, evidencia a presença de discursos perigosos ou de omissão entre os trabalhadores. Como a proposta foi aprovada em grande parte do Brasil, ela será assinada no dia 11 de dezembro, sem a participação de BH, deixando incerto o futuro dos trabalhadores da base do Sindicato.

Em ofício enviado ao movimento sindical, nesta terça-feira, 18, a CAIXA afirmou que empregadas e empregados das bases que rejeitaram o acordo não poderão acessar os direitos conquistados na negociação mais recente.

O Sindicato destaca que, durante o processo negocial e antes da Assembleia, algumas vozes tentaram convencer empregadas e empregados de que poderiam ficar tranquilos, pois a rejeição não significaria perdas. Em nota, também afirmaram que “não há motivo para pânico nem para ceder ao terrorismo sindical que tenta amedrontar a categoria”.

O representante da Fetrafi-MG na Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e vice-presidente da Fenae, Cardoso, denuncia que “empregadas e empregados foram enganados pelos que se dizem da oposição bancária em Minas Gerais. Por meio de mentiras e oportunismo, eles jogaram com a vida das pessoas, foram irresponsáveis, e colocaram em risco o plano de saúde de milhares de trabalhadores. Conseguimos conquistar um excelente acordo, com reajuste zero e não cobrança por faixa de idade, que acabou por ser rejeitado”.

Houve, ainda, clara omissão de entidades representativas de empregadas e empregados, que não se importaram com o futuro daqueles que representam. Ao não se posicionarem sobre o que estava em jogo, a Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal de Belo Horizonte (AGECEF BH), a Associação dos Economiários Aposentados de Minas Gerais (AEA/MG) e a Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa Econômica Federal (FENAG) contribuíram para o cenário de incertezas, inclusive, sobre a manutenção do plano em BH e região.

Proposta conquistada com mobilização

O Sindicato negociou a renovação do acordo do Saúde Caixa, por muitos meses, com responsabilidade e como legítimo representante da categoria. A entidade promoveu inúmeros atos e mobilizações para cobrar reajuste zero e melhorias no plano, o que resultou na proposta apresentada em Assembleia.

O acordo conquistado assegurou a manutenção dos valores das mensalidades, que poderiam subir até 71% de acordo com a primeira proposta do banco; manutenção do valor por dependente, que a CAIXA queria subir de R$ 480 para 672; além do teto da remuneração base mantido em 7% para o grupo familiar, enquanto o banco queria elevar a 12%.

“Foi com muita responsabilidade, e pensando no futuro de usuárias e usuários, que o Sindicato defendeu o voto ‘sim’ à proposta. Sabemos que ainda há muitas reivindicações, como o fim do teto de custeio em 6,5% e a garantia do plano depois da aposentadoria para bancários pós-2018. Porém, com a rejeição do acordo, o que está em risco é a própria continuidade do plano em nossa base”, alertou Nery Gomes, diretor do Sindicato e presidente da APCEF/MG.

Participe da nova plenária

O Sindicato convoca empregadas e empregados para uma nova Plenária Virtual para debater os rumos do Saúde Caixa. O encontro será realizado no dia 25 de novembro, às 18h, por meio da plataforma Zoom. Para participar, envie seu nome completo e CPF para o e-mail plenariavirtual@bancariosbh.org.br

“A Plenária Virtual é um espaço democrático para que possamos tratar deste tema tão sério e importante para empregadas, empregados e suas famílias. Contamos com a participação de todas e todos para debatermos o nosso futuro, com muita consciência e responsabilidade”, destacou Eliana Brasil, diretora do Sindicato e da Contraf-CUT.

 

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