A inflação oficial brasileira saltou para 12,13% nos últimos 12 meses. Em abril, o índice foi de 1,06%, a maior registrada para o mês desde 1996. Os dados do IPCA foram divulgados nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só nos primeiros quatro meses do ano, o IPCA já soma 4,29%, acima da meta de 3,5 do Banco Central.
Segundo o IBGE, o maior impacto ocorreu em alimentos e bebidas, transportes, saúde e cuidados pessoais e medicamentos.
Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, a situação está se tornando insustentável. “A inflação ataca exatamente os itens essenciais da cesta básica. Com a atual política econômica, o país está de volta ao mapa da fome, a miséria se espalha pelo Brasil inteiro e temos 77% das famílias brasileiras endividadas”, disse.
Mínimo sem ganho real
Ao mesmo tempo em que o custo de vida sobe, a equipe econômica do governo propôs que o salário mínimo tenha correção de apenas 6,7%, sem ganho real pela primeira vez desde o anúncio do Plano Real, em 1994.
Juvandia reforçou que “a inflação alta reduz o poder de compra dos trabalhadores, que precisam gastar mais para comprar cada vez menos”. A dirigente enfatizou que “esse é o projeto do atual governo: empobrecer o trabalhador e concentrar cada vez mais toda a riqueza do Brasil nas mãos dos grandes grupos econômicos de forma descarada”. Para ela, “chegou a hora de dar um basta, as forças populares devem se unir neste ano de eleições e dar novo rumo ao país, escolhendo candidatos comprometidos com justiça social e a soberania nacional”.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT