No último dia 15 de setembro, os funcionários do BB e diretores do Sindicato, Rogério Tavares e Luciana Bagno, se reuniram com auditoras da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em MG (SRTE) - órgão vinculado ao Ministério do Trabalho - para denunciar o assédio moral como instrumento de gestão no BB.
Nos últimos meses aumentou o número de denúncias de assédio moral no Banco do Brasil, sendo muitas dessas oriundas de gestores de unidades que não aguentam mais as ameaças, xingamentos e pressão por parte das Superintendências, tanto regionais como a estadual.
O assédio acontece através de reuniões, virtuais ou presenciais, por telefonemas e também via mensagens de WhatsApp.
Ameaças de descomissionamento, transferência compulsória e até pressão para se aposentar são algumas das formas de assédio. Muitos gestores estão adoecidos, tomando ansiolíticos (“tarja preta”) e alguns em licença saúde.
Grande parte das denúncias recaem sobre a Regional Sete Lagoas e, segundo relatos, a situação saiu do controle com a chegada do novo Superintendente Estadual. Segundo as denúncias que chegam ao Sindicato, este Superintendente impôs seu método de gestão, obrigando @s subordinad@s diret@s - Regionais e gestor@s - a seguir à risca a cartilha do assédio como instrumento de gestão. Quem não quer virar um assediador é ameaçado e gestores que não tinham histórico de assédio acabam se sujeitando a essa prática perversa.
Recentemente aconteceu uma troca de Regional e que, pelas denúncias, o anterior foi convidado a se aposentar porque estava sendo resistente ao método de gestão do Superintendente Estadual. Em seu lugar foi posta uma pessoa que logo, na primeira reunião com os administradores das agências de sua regional, já fez ameaças de descomissionamentos. Após essa reunião, o Sindicato recebeu cinco ligações para denunciar que o assédio continuará.
O assédio moral no banco acontece em cascata e chega na área operacional com uma pressão que adoece e oprime. A Superintendência Estadual se mostra arrogante e despreparada para a gestão de pessoas. Os funcionários ficam reféns da desorganização do BB e pela incompetência de seus órgãos internos de apuração de denúncias, já que a Ouvidoria do Banco do Brasil tem demonstrado total ineficiência, não possuindo mais credibilidade alguma entre @s funcionári@s, e a Gepes se mostra sem forças para agir a partir do sucateamento que vem se dando desde 2016, com o esfacelamento da estrutura responsável pelo atendimento em Minas Gerais.
“Continuaremos denunciando a gestão desumana que tomou conta do BB e não irão nos calar. Você também pode denunciar baixando o aplicativo do Sindicato ou acessando a nossa página e denunciando através do link https://bancariosbh.org.br/assedio-moral ou pelo fale_conosco@bancariosbh.org.br . Garantimos total sigilo” afirmou o funcionário do banco e diretor do Sindicato Rogério Tavares.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região
