Entenda como o rombo nas Americanas pode impactar PLR dos bancários

10/02/2023

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Entenda como o rombo nas Americanas pode impactar PLR dos bancários

As Americanas divulgaram, no dia 11 de janeiro, que identificaram inconsistências contábeis em demonstrações financeiras de exercícios anteriores, inclusive 2022, estimadas em cerca de R$ 20 bilhões. Segundo a empresa, os problemas estariam vinculados à “existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima (R$ 20 bilhões), nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras”.

Entre os credores da Americanas, estão alguns dos maiores bancos. Merecem destaque: Deutsche Bank (R$ 5,2 bilhões de crédito); Bradesco (R$ 4,5 bilhões de crédito); Santander Brasil (R$ 3,6 bilhões); BTG Pactual (R$ 3,5 bilhões); Votorantim (R$ 3,2 bilhões); Itaú Unibanco (R$ 2,7 bilhões); Safra (R$ 2,5 bilhões); Banco do Brasil (R$ 1,3 bilhão) e CAIXA (R$ 501 milhões).

O primeiro potencial impacto é nos resultados financeiros dos bancos, na medida em que o atraso no pagamento ou mesmo o não recebimento de partes da dívida fará com que elevem os níveis de provisão para devedores duvidosos (PDD), o que afetará de forma negativa os lucros. Segundo relatório da XP Investimentos, esse impacto negativo pode ser da ordem de 20 a 30% no caso dos bancos mais expostos, como BTG, Santander e Bradesco, e de cerca de 10% nos casos de Itaú e Banco do Brasil.

Além de afetar a PLR das bancárias e dos bancários, com a queda nos resultados do sistema financeiro, estes eventos alertam também para outro risco: de que as instituições financeiras busquem recompor a lucratividade cortando despesas administrativas e de pessoal, o que pode significar mais fechamentos de agências bancárias e demissões.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com SP Bancários

 

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