Programa Desenrola já alcança milhões de endividados

25/07/2023

Notícias
Programa Desenrola já alcança milhões de endividados

O programa Desenrola Brasil, lançado na última segunda-feira, 17, pelo governo federal, teve ao longo dos dias a adesão de mais instituições. São bancos e redes de lojas que passaram a oferecer descontos e prazos para as dívidas de seus clientes, a fim de que recuperem crédito e possam sair de listas de devedores, como o Serasa.

Os cinco grandes bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e CAIXA já anunciaram a adesão ao programa. O Banrisul, Daycoval, Inter, PagBank, Pan e Nubank também confirmaram participação no programa. Além disso, as dívidas acumuladas em cartões de crédito oferecidos por redes de lojas como Magazine Luiza, Extra, Ponto Frio, Marisa, Assaí e Hipercard, que são emitidos pelo Itaú, e da Renner, por meio da sua financiadora, Realize CFI, poderão ser renegociadas.

Nível de endividamento

Como reflexo da política monetária do Banco Central, que mantém a taxa básica de juro, Selic, em patamar elevado (13,75%), o índice das famílias brasileiras endividadas subiu em 0,2%, para 78,5%. Desse grupo, 18,5% dos consumidores dizem estar “muito endividados”, a maior parcela da série histórica, que começou em janeiro de 2010. Outros 12% dizem que não terão condições de pagar as contas em atraso. Cenário que mostra o quanto a população está “enrolada” com carnê de loja, cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, empréstimo pessoal e financiamentos de casa e de carro, entre outras contas, que são impactadas pelos altos juros do BC.

Para a economista do Dieese, subseção Contraf-CUT, Vivian Machado, o Programa Desenrola é importante na busca para diminuir o endividamento e a inadimplência das famílias. “A depender dos descontos negociados será uma iniciativa positiva para a população”.

A média do valor do endividamento dos brasileiros é de R$ 4 mil, abaixo do limite de R$ 5 mil que poderão ser renegociados na segunda fase do Desenrola Brasil para pessoas com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.260), e que tenham sido negativas no período de 1º de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2022. A dívida poderá ser parcelada em até 60 meses, com juros de 1,99% ao mês, a partir de setembro, de acordo com o governo federal.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT e CUT

 

Outras notícias