Nesta terça-feira, 29 de agosto, é celebrado o Dia da Visibilidade Lésbica. A data faz referência à realização do primeiro Senale (Seminário Nacional de Lésbica) em 1996. Outra data importante, em agosto, é a do Orgulho Lésbico, no dia 19, que marca o chamado “Stonewall Brasileiro”, histórica manifestação contra a repressão e pelos direitos das mulheres lésbicas, ocorrida em 1983 no Ferro’s Bar em São Paulo.
A secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini, a Bia, pontua que “a visibilidade é fundamental, pois existe aquele senso comum de que a mulher lésbica não é lésbica de verdade, porque ainda não conheceu um homem que a faça virar mulher. Isso nos invisibiliza como sujeitos”.
Por conta desse estigma, o 29 de agosto busca o reconhecimento social, a garantia de direitos e a luta pelo fim da violência contra a mulher lésbica. Segundo os poucos levantamentos a respeito, cresce a cada ano o número de lesbocídios – assassinatos e abuso que levam a mulher lésbica à morte. Pesquisa feita pelo Instituto Patrícia Galvão levantou 16 casos em 2014, 26 em 2015, 30 em 2016 e 54 em 2017, uma escalada alarmante, com 126 mortes em apenas quatro anos.
No trabalho - Na Campanha Nacional 2022, a categoria bancária incluiu cláusulas específicas em respeito aos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIAPN+. Conforme explica Bia, “no setor bancário, o direito à identidade visual é fundamental, como cada um se expressa para o mundo”. A secretária observa que “existe a mulher lésbica que é mais feminilizada ou menos, e ambas devem ser respeitadas”.
Canais de denúncia - Denúncias de casos de lesbofobia, outras formas de LGBTfobia ou violência contra mulheres, crianças, adolescentes, idosos ou qualquer pessoa vulnerável, podem ser feitas pelo Disque 100, pelo portal do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, ou pelo 190, telefone da Polícia Militar.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT