Empresas brasileiras distribuíram, em 2023, o total de R$ 218,8 bilhões em dividendos sobre seus lucros aos seus acionistas, segundo relatório da Fintech Meu Dividendo. O campeão em retorno por ação é o Banco da Amazônia, que pagou R$ 5,32 por ação. O segundo e terceiro no ranking também são bancos (Banco do Brasil, R$ 4,57 por ação, e Banco do Nordeste, R$ 3,52 por ação). Entre os dez primeiros, oito são do ramo financeiro, cinco são bancos.
“É uma grande rentabilidade para os acionistas”, avaliou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale. “Esperamos que quem sofre para cumprir as metas abusivas impostas para garantir os altos lucros aos bancos, que são os trabalhadores da categoria bancária, tenham seus esforços reconhecidos. Principalmente neste ano, que teremos campanha para reajustes de salários e dos direitos econômicos e sociais da categoria”, completou.
Taxação dos dividendos
Para Walcir, é preciso mudar a legislação para tributar a distribuição de dividendos do país. “No Brasil, o trabalhador tem sua renda taxada, mas o especulador ganha sem ser taxado. É preciso mudar isso para que haja mais justiça tributária”, defende o dirigente da Contraf-CUT, que é uma das entidades que compõem a coordenação da Campanha Tributar os Super-Ricos, que apresentou uma série de projetos ao Congresso Nacional, com propostas para aumentar a arrecadação por meio da taxação de uma pequena parcela de super-ricos da população brasileira, que tem diversos benefícios tributários.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT