A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, na manhã desta quarta-feira, 24, em São Paulo. Os principais pontos da pauta foram emprego, saúde e remuneração. “Este ano será muito desafiador, nós teremos Campanha Nacional e ainda temos diversos pontos específicos do Itaú que estão em debate, para resolvermos”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
Emprego
A principal preocupação da comissão é o fechamento de agências e as consequentes demissões que afetaram os funcionários do banco. A comissão enfatizou a importância de preservar os postos de trabalho e garantir a estabilidade dos profissionais. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram um pedido de uma listagem de demissões.
Além disso, os trabalhadores também cobraram a revisão das metas de agências, pois, muitas vezes, o aplicativo do Itaú dá descontos melhores do que os disponíveis no atendimento presencial. Outra reclamação apresentada foi sobre a desconexão do IUconecta dos trabalhadores afastados, o que impede o envio dos documentos que precisam ser apresentados nesse período.
Saúde
Os representantes dos trabalhadores cobraram o prosseguimento das negociações das cláusulas 61 e 87, da CCT. A primeira trata da prevenção de conflitos e assédio moral no local de trabalho e dos canais de denúncia. Já segunda, aborda as formas de acompanhamento das metas por parte dos bancos.
Para Luciana Duarte, diretora do Sindicato e secretária de Saúde da Fetrafi-MG, é muito importante começar o ano retomando a pauta de saúde e condições de trabalho. “A pauta, entregue ao banco, visa criar um programa de prevenção através do debate sobre cobrança abusiva de metas como fator de adoecimento, o canal de denúncias de assédio que precisa ser confiável e objetivo (cláusula 61), além do programa de retorno e programa de saúde ocupacional do banco”, destacou.
Os trabalhadores cobraram ainda um melhor fluxo de atendimento para o afastamento das pessoas. “Existem muitas reclamações de distorções e atrasos de pagamentos, pelo funcionário não saber os procedimentos corretos de apresentação dos documentos necessários”, explicou Luciana. A direção do Itaú se comprometeu a melhorar a comunicação, por meio da produção de uma cartilha, para informar os trabalhadores sobre o fluxo do encaminhamento de documentos necessários para o afastamento via INSS.
ACT CCV
O banco Itaú apresentou uma proposta de atualização da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), criada em 2002. A CCV é um fórum tripartite que reúne funcionários, representantes do Sindicato e do banco para discutir e tentar resolver pendências trabalhistas antes de recorrer à Justiça. Qualquer trabalhador pode recorrer à CCV, mesmo quem foi desligado sem justa causa ou quem pediu demissão, já que a CCV atua na reivindicação dos direitos que possam ter sido violados durante o contrato de trabalho.
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Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT