Com o objetivo de combater a violência e reivindicar pelo direito à vida de pessoas trans e travestis, hoje, 29 de janeiro, é o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data, que é celebrada há 20 anos, é um marco na promoção da conscientização e respeito à população trans e travesti no Brasil.
Em prol do fortalecimento da pauta trans, ontem, 28, foi realizada a primeira "Marsha Trans Brasil", em Brasília. O evento foi organizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e tem a palavra "marsha" no título em homenagem à Marsha P. Johnson, que lutou pelos direitos da comunidade LGBTIAP+ na década de 70. A marcha também reivindicou pelo fim da transfobia e pela efetivação de políticas públicas em defesa da população trans e travesti brasileira.
De acordo o Dossiê sobre assassinatos e violências contra travestis e transexuais em 2023, realizado pela Antra e publicado nesta segunda-feira, 29, o número de assassinatos de pessoas transexuais ainda é alto no Brasil. Apenas em 2023, esse número cresceu mais de 10% em relação ao ano anterior: foram 145 homicídios e 10 suicídios.
O estudo ainda destaca que, pelo 15º ano seguido, o Brasil é o país em que mais pessoas trans são mortas de forma violenta. Em 2022, foram 131 assassinatos.
Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, é urgente que ações para reverter essa situação sejam tomadas. “Os números impactantes mostram que ainda temos muito a avançar”, diz a dirigente. “É essencial reforçar a conscientização e tomar medidas concretas para combater a discriminação e a violência contra a comunidade LGBTQIA+”, completa.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT