O Sindicato foi às ruas, nesta segunda-feira, 1º de julho, para denunciar o fechamento de agências e as demissões no Itaú, que têm gerado transtornos para funcionárias, funcionários e clientes. A mobilização foi em frente à agência 0573 - BH Pça Raul Soares, na região Central de Belo Horizonte, e chamou a atenção da população para o descaso do Itaú mesmo com os lucros batendo recorde.
Em 2023, o lucro teve aumento de 15,7% em relação ao ano anterior, atingindo astronômicos R$ 35 bilhões. O Itaú, porém, apenas na base de Belo Horizonte e região, fechou 12 agências. Já neste ano, apenas até julho, já são mais 12 unidades com suas atividades encerradas, deixando clientes na mão e funcionários sobrecarregados.
“Quando o Itáu fecha agências, os usuários dos serviços têm que se deslocar mais e acabam se concentrando nas unidades que permanecem abertas. Isto gera filas enormes, superlotação nas agências, frustração para os clientes e muita pressão sobre funcionárias e funcionários. É um descaso arbitrário, que não se justifica e mostra desumanidade por parte do banco”, destacou Valdenia Ferreira, funcionária do Itaú e diretora de Saúde do Sindicato.
Neste mês de julho, o Itaú fechará mais três unidades na base do Sindicato: BH Praça São Vicente (7453), BH Lourdes (8696) e Betim Av. Amazonas (8895). Com isso, já serão 24 fechamentos no período de um ano e meio. Em todo o Brasil, 180 unidades deixaram de funcionar, em 2023, e foram fechados 3.292 postos de trabalho.
“Com a justificativa da digitalização, o Itaú está fechando os olhos para milhares de clientes que preferem ou precisam de atendimento presencial. Pessoas que não têm facilidade com o uso da tecnologia, principalmente as mais idosas, estão passando aperto para encontrar uma unidade do Itaú para serem atendidas. Em BH, já há bairros sem qualquer banco. Cobramos que o Itaú tenha mais sensibilidade e respeite seus funcionários e clientes”, afirmou o presidente do Sindicato, Ramon Peres.