Não adianta negar, saúde em 1º lugar: Sindicato denuncia cobranças abusivas dos bancos com ato em BH

01/08/2024

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Não adianta negar, saúde em 1º lugar: Sindicato denuncia cobranças abusivas dos bancos com ato em BH

A categoria bancária de todo o país realizou mais uma mobilização, nesta quinta-feira, 1º de agosto, para denunciar as cobranças abusivas que adoecem bancárias e bancários. O Sindicato promoveu manifestação em frente à agência Praça Sete do Itaú, no Centro de Belo Horizonte, com o mote nacional “Não adianta negar, saúde em 1º lugar”.

Na última mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em 25 de julho, representantes da categoria apresentaram dados e estudos que comprovam a relação das metas e da gestão abusiva com o adoecimento mental dos trabalhadores. Os bancos, porém, negaram todos os argumentos e fingiram não ver a realidade.

“O que a Fenaban fez foi um ato de total desrespeito a milhares de bancárias e bancários que sofrem com crises de ansiedade, pânico, síndrome de burnout e têm, até mesmo, que se afastar do trabalho em razão de sua saúde mental prejudicada. Nós sabemos muito bem, e toda a categoria sabe, que o modelo de gestão não é saudável e que há, inclusive, descumprimento da Convenção Coletiva, com cobranças por mensagens fora do horário de expediente”, destacou o presidente do Sindicato, Ramon Peres.

Na Consulta Nacional à categoria, em 2024, dados alarmantes foram apontados pelos quase 50 mil bancários e bancárias participantes. Além de um grande número de trabalhadores que utilizam medicamentos controlados, 39% nacionalmente, 67% afirmaram viver em preocupação constante por causa do trabalho, 60% sentem cansaço e fadiga constantes, 53% estão desmotivados de ir trabalhar e 44% têm crises de ansiedade/pânico.

Além disso, um levantamento do Dieese, com base em dados do INSS e da RAIS, mostrou que o afastamento bancário relacionado à saúde mental, em 2022, foi três vezes maior que a média que inclui todas as categorias. “É uma epidemia de adoecimento que acomete, cada vez mais, bancárias e bancários. Exigimos que os bancos assumam sua responsabilidade e negociem, de verdade, medidas para solucionar esse problema gravíssimo”, cobrou Ramon Peres.

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