Chega de desrespeito! Sindicato segue recebendo denúncias de abusos no Mercantil

Diante de uma busca desenfreada por lucros, o Mercantil está submetendo funcionárias e funcionários a ambientes de trabalho adoecedores. O Sindicato vem denunciando esta situação e, nas últimas semanas, tem recebido diversas reclamações de bancários sobre o descaso e desrespeito do banco. 

Bancárias e bancários revelam que vivem um cenário de desvalorização e pressão dentro do Mercantil. "A cada mês, as metas só aumentam. Estamos sendo sugados pelo banco, que cresce cada vez mais. O lucro está nas alturas, mas as condições de trabalho só pioram", relatou uma funcionária do Mercantil em denúncia ao Sindicato.   

"O Mercantil faturou R$ 345,8 milhões apenas no primeiro semestre desse ano, batendo recordes consecutivos nos lucros. Porém, o banco não valoriza suas funcionárias e funcionários, que estão adoecendo cada dia mais", afirmou Vanderci Antônio da Silva, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato.

Além disso, diante de diversas demissões injustificadas, os trabalhadores vivem receosos e preocupados em perder seus postos de trabalho. Uma funcionária relatou ao Sindicato que era contratada como PCD e foi desligada do banco sem justificativa. 

Em outra denúncia recebida pelo Sindicato, uma funcionária advertiu que o Banco estava obrigando bancárias e bancários a realizarem panfletagem externa em ruas e avenidas de Belo Horizonte. "O Mercantil não muda! Só piora com metas abusivas e ameaças aos colaboradores. Estão nos fazendo buscar novos clientes na rua para abertura de conta e a meta só é batida caso estes clientes contratarem empréstimo", contou. No dia 29 de julho, o Sindicato enviou um ofício cobrando o banco sobre a situação. 

"Além das metas inatingíveis e das constantes ameaças que prejudicam a saúde mental dos trabalhadores, o Mercantil também está colocando funcionários e clientes em risco com a retirada dos vigilantes de agências e postos de atendimento (PAAs). O lucro não pode estar acima da saúde e segurança dos trabalhadores", destacou Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato.