Falta de funcionários prejudica atendimento e condições de trabalho no Banco do Brasil

29/12/2025

Banco do Brasil
Falta de funcionários prejudica atendimento e condições de trabalho no Banco do Brasil

A escassez de funcionários nas agências do Banco do Brasil da rede de varejo, em Belo Horizonte e região, tem se consolidado como um problema estrutural, afetando diretamente o atendimento à população e as condições de trabalho dos bancários. Em diversas unidades, o número reduzido de funcionários já não é suficiente para atender a demanda cotidiana, resultando em filas, demora no atendimento e insatisfação dos clientes.

A situação se torna ainda mais crítica quando um funcionário entra em férias ou precisa se afastar por licença saúde. Sem qualquer reposição ou substituição temporária, agências passam a operar em escala de contingência, com redução de serviços e limitação do atendimento. Exemplos recentes são as agências dos bairros Buritis e Belvedere, que tiveram seu funcionamento contingenciado, justamente, em razão da ausência de funcionários por férias ou afastamento médico.

Esse cenário evidencia um ciclo perigoso: a falta de pessoal sobrecarrega os bancários que permanecem em atividade, que passam a acumular funções e lidar com pressão excessiva para manter o funcionamento mínimo da agência. O excesso de trabalho e o estresse contínuo acabam provocando adoecimento físico e mental, resultando em novos afastamentos por motivo de saúde e agravando ainda mais a deficiência do quadro funcional.

Além dos impactos internos, a precarização do atendimento prejudica a imagem do BB. Clientes, ao se depararem com agências funcionando de forma limitada, passam a questionar se o Banco estaria falindo ou encerrando suas atividades em determinadas regiões. É fundamental destacar que essa percepção negativa não é causada pelos funcionários, mas pela política do próprio Banco do Brasil, que mantém agências abertas sem garantir equipes suficientes para um atendimento digno e eficiente.

O Sindicato alerta que essa realidade não pode ser tratada como algo normal. É urgente a realização de concursos para a contratação de novos funcionários, com a reposição imediata do quadro nas agências deficitárias e a adoção de uma política de pessoal que respeite os direitos dos trabalhadores e assegure a qualidade do atendimento à sociedade. Somente com investimento em pessoas será possível romper esse ciclo de precarização e preservar o papel social e a credibilidade do Banco do Brasil.

Segundo Matheus Fraiha, funcionário do BB e diretor do Sindicato, é terrível enxergar algo que só o Banco não consegue ver ou finge que não vê. “Colegas estão sendo massacrados pela política nefasta da Diretoria de Varejo, que não dá condições para as agências produzirem, mas cobra de forma violenta pelas metas, trazendo pânico e adoecimento aos colegas”, denunciou.

 

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