Lucros exorbitantes não impedem bancos de apresentarem propostas indecentes

20/08/2024

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Lucros exorbitantes não impedem bancos de apresentarem propostas indecentes

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação, nesta terça-feira, 20, sem apresentar propostas de reajustes e propondo a precarização e retirada de direitos da Convenção Coletiva dos Bancários (CCT), prontamente negada pelos representantes dos trabalhadores. Entre os itens da CCT que a Fenaban atacou estão a PLR, direitos garantidos aos trabalhadores afastados pelo INSS por motivo de doença e vales alimentação e refeição.

"A lógica dos bancos é a de atacar direitos e rebaixar os índices de remuneração. Não vamos discutir nada que resulte em perdas para as bancárias e bancários. Queremos discutir uma Convenção Coletiva que tenha ganhos reais", pontuou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

O Comando Nacional ressaltou que, do total de setores no país que fizeram negociações salariais entre janeiro e junho deste ano, 86% obtiveram aumento real. Entre eles, setores com lucros e rentabilidades muito inferiores aos dos bancos.

Houve uma pausa na reunião e, no retorno, os bancos voltaram com a proposta de precarização dos direitos, desta vez, a partir da segmentação da CCT por porte de banco. A proposta foi recusada terminantemente pelo Comando, que pontuou também que não aceitará argumentos como lucratividade ou inadimplência para que os bancos rebaixem o reajuste salarial.

Após cobrança do Comando, a Fenaban se comprometeu a trazer o índice na reunião que irá prosseguir nesta quarta-feira, 21.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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