O Dia Mundial da Saúde Mental é comemorado em 10 de outubro. Desde 1992, quando foi estabelecido pela World Federation of Mental Health (WFMH), a data conscientiza sobre a necessidade de avançar em relação ao tema. Em 2024, o tema “É Hora de Priorizar a Saúde Mental no Local de Trabalho” ressalta a importância de adotar modelos de gestão mais humanos e que respeitem a integridade de trabalhadoras e trabalhadores.
No mundo, uma em cada oito pessoas vive com algum tipo de transtorno mental, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Quase 60% dos casos são de ansiedade (31%) e depressão (28,9%), condições que cresceram 26% e 28%, respectivamente, desde a pandemia da covid-19. Ainda, segundo a OMS, o ambiente profissional é um dos principais para a adoção de medidas que previnam problemas de saúde mental.
Na categoria bancária, a pressão pelo cumprimento de metas e o assédio moral representam grave ameaça ao bem-estar geral dos trabalhadores, sendo este um tema de debate nacional e permanente. Na mesa bipartite sobre saúde com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), foram apresentados dados alarmantes da pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”. No estudo, 80% dos trabalhadores do ramo financeiro afirmaram ter tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano.
Além das discussões com os bancos, o Sindicato participa de diversas frentes que discutem a relação entre trabalho e adoecimento mental. Em junho deste ano, a entidade participou do “Seminário Internacional sobre Saúde do Trabalhador – Gestão e Adoecimento nos Bancos” e, também, do “Seminário Saúde Mental e Trabalho”, organizado pela CISTTBH. Já em julho, o Sindicato esteve presente na Audiência Pública "Precarização do Trabalho e Adoecimento Mental de Trabalhadoras e Trabalhadores de Belo Horizonte", na Câmara Municipal.
“A saúde de funcionárias e funcionários precisa ser priorizada. Os modelos de gestão em que o foco está somente nos resultados contribuem, diretamente, para o adoecimento mental de trabalhadores devido às cobranças excessivas das metas. Esses métodos devem ser revistos, assim como a falta de condições adequadas de trabalho nas empresas”, destacou Valdenia Ferreira, diretora de Saúde do Sindicato.