Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher é alerta contra a desigualdade e a violência

25/10/2024

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Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher é alerta contra a desigualdade e a violência

O Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher acontece nesta sexta-feira, 25, com dados mundiais ainda alarmantes. No Brasil, o 2º Relatório de Transparência Salarial, divulgado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE) em setembro, revelou que, no ano passado, as mulheres receberam em média 20,7% menos que os colegas homens que exerciam os mesmos cargos e funções. O percentual é próximo à média mundial de desigualdade salarial entre gêneros.

"A desigualdade salarial é uma forma de exploração da mulher. Mas, infelizmente, quando falamos de exploração de gênero, o problema é ainda mais amplo", explica a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes. Segundo a Pesquisa de Avaliação de Necessidades sobre o Tráfico Internacional de Pessoas e Crimes Correlatos, produzida pela UFMG, e divulgada em 2022, as mulheres correspondiam a 96,36% das vítimas de tráfico internacional de pessoas.

“Existe uma forte correlação entre esses dados e a misoginia, expressão que designa a manifestação de ódio ou aversão contra mulheres e meninas”, afirma Fernanda Lopes. “E, dentre as várias formas que a misoginia se manifesta, estão as violências econômicas, físicas, psicológicas e simbólicas, por meio de ataques à figura feminina”, completa.

Um dos problemas mais graves enfrentados pela mulher é a violência doméstica. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, a cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica. São crimes cometidos por maridos, namorados, ex-companheiros, entre outros.

Nos últimos dois anos, o Brasil vem avançando em medidas para alterar essa realidade. Em 2023, o Estado retomou investimentos fundamentais, após o governo anterior ter cortado em 94% verbas destinadas ao Ministério da Mulher e chegando a executar apenas 25% do orçamento para o Ligue 180 em 2022.

Projeto Basta!

O movimento sindical bancário criou um programa de canais de atendimento para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, Em BH e região, ele foi implementado em 2022. Para serem atendidas, bancárias podem entrar em contato pelo telefone (31) 3279-7800 e falar com o Departamento Jurídico ou utilizar o Fale Conosco (clique aqui para acessar).

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT e dados da Polícia Civil (MG)

 

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