Banco Central aumenta juros e Campos Neto termina mandato colecionando prejuízos ao país

12/12/2024

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Banco Central aumenta juros e Campos Neto termina mandato colecionando prejuízos ao país

Como desejado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu em sua última reunião do ano, concluída nesta quarta-feira, 11, elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual. Com isso, o índice vai para 12,25% ao ano e mantém o Brasil com uma das maiores taxas de juros reais do mundo (resultado da Selic menos a inflação), na ordem de 7%.

No comunicado sobre a decisão, a entidade monetária voltou a apontar como justificativa a piora nas expectativas do mercado sobre a inflação e depreciação do câmbio. Mas esses argumentos são questionados. Dados oficiais sobre a inflação, divulgados ontem (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perdeu força e fechou novembro em 0,39%, enquanto no mês anterior havia sido de 0,56%. 

“O mercado financeiro está apostando contra o Brasil. É formado por um bando de aproveitadores e sabotadores da nação. Os danos desta política monetária de aperto econômico, praticada a mando do mercado pelo Banco Central, na gestão de Roberto Campos Neto, e com mais intensidade no governo Lula, são irreparáveis ao desenvolvimento do país, além de não resolver a alta de preços dos alimentos, ligada a questões climáticas", destaca a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

Em relação ao câmbio, o Banco Central tem outros instrumentos, além da Selic, para reduzir a diferença do Dólar frente ao Real, como as operações de venda de moeda no mercado futuro (contratos de swap cambial). Porém, apesar de ter atuado desta forma por 113 vezes na gestão Bolsonaro, o BC fechou os olhos no governo Lula e só realizou a operação uma vez desde 2023.

A partir de janeiro de 2025, quem assumirá o comando do Banco Central será Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula. “A nossa expectativa, do movimento sindical trabalhista, é que a nova gestão pare de usar o Copom como instrumento de boicote ao desenvolvimento, causando perdas irreparáveis ao país. A manutenção de uma taxa básica de juros tão elevada precisa ser tratada como um crime socioeconômico”, conclui Juvandia Moreira.

Leia a matéria completa da Contraf-CUT.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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