BB afirma se importar com pautas sociais e ambientais, mas desrespeita funcionários e financia o desmatamento

29/01/2025

Banco do Brasil
BB afirma se importar com pautas sociais e ambientais, mas desrespeita funcionários e financia o desmatamento

Nova campanha de marketing do BB é mais uma mentira do banco

Recentemente, o Banco do Brasil lançou a campanha publicitária "o BB se importa", afirmando se preocupar com as práticas de ASG, que abordam cuidados com as questões ambientais, sociais e de governança. Porém, o banco tem demonstrado o contrário ao desrespeitar seus funcionários e ao financiar propriedades rurais acusadas de desmatamento. 

Diante desta busca cada vez maior pela lucratividade, as funcionárias e funcionários do BB sofrem com o aumento da pressão por metas e assédio moral em toda rede, o que contribui para o adoecimento mental da categoria. Além disso, o banco tem proposto reestruturações que prejudicam os trabalhadores, como é o caso da atual proposta para os caixas, que desrespeita o que foi acordado em mesa de negociação com o movimento sindical. Saiba mais sobre o assunto clicando aqui. 

Para Rogério Tavares, funcionário do BB e diretor do Sindicato, a área do varejo é, atualmente, uma das mais adoecedoras. "Hoje, as pessoas que estão comandando o Banco do Brasil, principalmente a área de Varejo, só se importam com o lucro. Quem chefia essa área é a vice-presidenta de Negócios de Varejo, Carla Nesi, que já esteve à frente de outros projetos de reestruturação danosos ao funcionalismo", destacou. 

A vice-presidenta atuou na expansão da rede "Mais BB", por exemplo, que foi prejudicial à população e à categoria. "Essa foi uma forma de retirar das agências as pessoas mais pobres. Infelizmente, esse é um projeto frequente no BB, que está com seu papel social distorcido pela gestão, se tornando cada vez mais elitizado", afirmou Rogério.

Ao contrário da recente campanha publicitária, em que o BB afirma estar preocupado com a preservação ambiental, o banco vem financiando propriedades rurais acusadas de desmatamento, uso de agrotóxicos e violações socioambientais, como revelou um levantamento realizado e publicado pelo Greenpeace Brasil, com base em dados públicos. O documento mostrou, por exemplo, que o BB concedeu mais de R$ 10 milhões em crédito rural ao fazendeiro Claudecy Oliveira Lemes, "acusado de utilizar ilegalmente em suas fazendas no Pantanal agrotóxicos desfolhantes (como a substância 2,4-D, componente do “agente laranja”, utilizado na Guerra do Vietnã) para a prática de desmatamento químico de vegetação nativa”. Leia a matéria completa (clique aqui). 

"Além disso, o banco vem abandonando sua função pública desde 2016. Isso faz com que o BB descumpra duas legislações importantes: a Lei de diretrizes orçamentárias (15.080) e a Lei das estatais (13.303). A ganância pelo lucro do grupo que comanda o varejo é maior que o bom senso, as políticas públicas e o bem-estar dos trabalhadores", finalizou Rogério.

Outras notícias