Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT apoia projeto de isenção do IR

04/04/2025

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Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT apoia projeto de isenção do IR

O Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT se reuniu, nesta quinta-feira, 3, para discutir o Projeto de Lei (PL) nº 1.087/2025, que isenta de Imposto de Renda salários de até R$ 5 mil e dá descontos para rendas até R$ 7 mil. A proposta é do governo federal e tramita na Câmara dos Deputados.

"Reforçamos que a medida do presidente Lula é uma promessa de campanha que ele fez ao povo brasileiro e que é uma reivindicação nossa, do movimento sindical bancário: reformas para corrigir distorções do sistema tributário e que faz com que, hoje, menos de 1% da população pague menos tributo do que a maior parcela da sociedade", destaca Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho, coordenador do Coletivo e responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento da tramitação de pautas de interesse dos trabalhadores no Congresso.

Durante a reunião, ele explicou que a proposta entrou na Câmara dos Deputados, no dia 18 de março, em regime de urgência a pedido do presidente Lula. Neste modelo de tramitação, os parlamentares têm 45 dias corridos para apreciar e votar o projeto. Passado o período, a proposta tranca a pauta para outros debates. Depois da Câmara, o PL seguirá para o Senado, também em regime de urgência.

Distorção tributária em números

O encontro do Coletivo contou com uma apresentação do economista Gustavo Cavarzan, do Dieese, sobre a desigualdade tributária do Brasil. Ele explicou que a atual estrutura afeta muito o consumo, sobrecarregando os mais pobres, e impacta muito pouco as pessoas com os mais altos rendimentos. Com base em dados do Ministério da Fazenda, Cavarzan mostrou que 69,18% do rendimento da população brasileira é tributado na fonte. Por outro lado, 80,73% dos rendimentos dos 0,06% mais ricos não são tributados porque, atualmente, lucros e dividendos são isentos de impostos.

Isenção é 14º salário no bolso do trabalhador

O economista do Dieese apontou, também, que a isenção proposta pelo governo representará uma significativa renda a mais para os trabalhadores. "Considerando a população que ganha R$ 5 mil, o acréscimo anual na renda (R$ 4.170) será praticamente um 14º salário, com a isenção do IR. Mais renda no bolso das pessoas, mais consumo, economia aquecida e, portanto, geração de emprego", refletiu Cavarzan.

Combate às fake news

Os participantes da reunião reforçaram a importância de espalhar informação confiável sobre a proposta e combater a desinformação. Por isso, o movimento sindical tem um papel relevante no debate.

“Nosso papel principal, neste momento, é desmentir notícias falsas de que o projeto de lei da Isenção do IR cria tributação para a população. Também temos que mostrar que, na realidade, é o contrário disso: trata-se de um PL que aumenta o dinheiro no bolso do trabalhador, cobra mais de quem tem que pagar mais e ainda colabora para aquecer a economia", explicou a presidenta da Contraf e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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