Caos em agência de BH escancara a irresponsabilidade do Itaú

09/05/2025

Itaú
Caos em agência de BH escancara a irresponsabilidade do Itaú

Nesta sexta-feira, 9, o Sindicato visitou a agência 1639 do Itaú, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, e presenciou um verdadeiro caos gerado pelo próprio banco com sua política de fechamentos e demissões. A unidade está operando além do limite suportável após uma agência ser fechada nas proximidades e outra ser transformada em agência de negócios.

A situação de sobrecarga gerada pela absorção de clientes ficou ainda pior após o banco reduzir, de 14 para 9, o número de ANs (agentes de negócios) na agência. “O que vimos na unidade é um cenário de total exaustão de funcionárias e funcionários, que têm que atrasar o horário de almoço, ou mesmo ficar sem almoçar, e têm dificuldade até para usar o banheiro pois não há tempo”, denunciou Camila Peres, funcionária do Itaú e diretora da Fetrafi-MG.

Para os clientes, claro, a situação também é degradante e gera estresse extremo. Muitas pessoas são obrigadas a esperar mais de 2 horas para serem atendidas, algo totalmente contrário à lei dos 15 minutos. Em um caso presenciado pelo Sindicato, um idoso pegou a senha preferencial às 11h51 e só conseguiu ser atendido às 13h11. Outros clientes também relataram que não têm outra opção, a não ser procurar o atendimento presencial, pois foram vítimas de golpes e são direcionados, pelos próprios canais digitais, a procurar uma agência.

Em diversas denúncias recebidas pelo Sindicato, os relatos são de trabalhadores que chegaram ao seu limite. Uma delas diz que “a impressão é de abandono, tanto dos clientes quanto dos colaboradores”. Outra afirma que o cenário é de “total desorganização, com filas se estendendo por todo o espaço da agência e, em alguns momentos, até para fora dela”.

O Sindicato entrou em contato com o Itaú para exigir uma solução para o caso, com mais trabalhadores para suprir a demanda. O banco informou que há limitação na movimentação de bancários entre agências, pois as mudanças prejudicam os próprios funcionários “emprestados”, que têm sua produtividade prejudicada. O Itaú informou, porém, que está providenciando medidas que reduzam o impacto e que verifica a possibilidade de novas contratações.

“Esperamos uma resposta efetiva e urgente do Itaú para o absurdo que vem ocorrendo na unidade. Este é um exemplo, mas temos denunciado, diariamente, que a irresponsabilidade do banco está adoecendo trabalhadores e impossibilitando o atendimento digno dos clientes. Se não tivermos melhorias na situação do local até a próxima segunda-feira, 12 de maio, tomaremos as devidas providências”, afirmou Camila Peres.

 

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