Nesta sexta-feira, 30, a coordenação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA, a Fenae, a Fenag e a representante eleita pelos empregados para o Conselho de Administração, Fabiana Uehara Proscholdt, se reuniram com o banco para tratar sobre a situação das cerca três mil telefonistas terceirizadas que prestam serviços no banco. Após pressão das entidades, o banco garantiu que não haverá nenhuma demissão até o final do ano.
Em reunião, a CAIXA também garantiu que oferecerá cursos de requalificação para que, a partir do ano que vem, conforme os contratos forem vencendo, as profissionais consigam a realocação no próprio banco. A iniciativa garante prioridade para aquelas que possuem filhos com necessidades especiais, as que estão próximas à aposentadoria, ou estejam em situações vulneráveis.
“Muitas destas profissionais trabalham há mais de 20 anos na CAIXA e o banco havia anunciado a possibilidade do encerramento do contrato, o que as deixaria de imediato sem emprego”, disse o coordenador da CEE, Felipe Pacheco. “Mas, com a união de trabalhadores de diversas categorias, conseguimos reverter a decisão”, completou.
“Durante todo esse processo, ficou muito clara a importância da organização dos trabalhadores em torno de suas entidades de representação e associativas. E foi essa organização e união dos trabalhadores que fez com que a CAIXA revisse sua posição”, disse o diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro.
Diálogo e transparência
Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da CAIXA (Fenae), Sergio Takemoto, “a CAIXA precisa manter, sempre, essa postura de diálogo com os trabalhadores e suas entidades de representação, sejam bancários, ou de serviços terceirizados. Ainda mais em um caso como esse, que poderia levar mais de três mil, pessoas ao desemprego”.
“É bom que existam espaços democráticos, como a mesa de negociações, para tratar de questões que envolvam os trabalhadores”, disse Fabiana Uehara Proscholdt, representante eleita pelas empregadas e empregados no Conselho de Administração da CAIXA.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT