Itaú volta a negar retorno do auxílio-educação e rejeita negociar acordos em audiência no MPT

03/07/2025

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Itaú volta a negar retorno do auxílio-educação e rejeita negociar acordos em audiência no MPT

Em audiência com o Itaú, nesta quarta-feira, 2, com mediação do Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF), o movimento sindical cobrou que o banco volte a pagar o auxílio-educação, nas regiões em que ele foi cortado, e retome negociações com os trabalhadores. Mesmo com os apelos, o Itaú manteve a posição intransigente e negou as reivindicações.

Participaram da reunião a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte – (FETEC-CUT/CN) e a Federação dos/das Trabalhadores/as em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR).

A representação da categoria voltou a argumentar que os acordos propostos pelo banco, no formato unificado, seriam uma armadilha para os trabalhadores. No documento, negociado no final de 2024, o Itaú quis incluir a chamada “validação do ponto”, o que representaria a aceitação total das entidades de que o controle de jornada vem sendo feito de forma correta. Com esta chancela por parte do Sindicato, haveria a extinção do passivo trabalhista em relação a este período de trabalho, impedindo a discussão judicial sobre eventuais horas extras não pagas.

O Sindicato e outras entidades vêm denunciando o descumprimento de jornada que ocorre de diferentes formas. Em muitos casos, os funcionários registram a saída do trabalho através do ponto eletrônico, mas precisam continuar trabalhando. Também existem relatos de bancários que vão trabalhar e, de repente, seus gestores solicitam que eles vão embora, pois têm horas para compensar. Situações como essas são extremamente prejudiciais para os trabalhadores e, por isso, não podem ser chanceladas pelos sindicatos.

O Itaú tem usado o corte do bolsa auxílio-educação como uma forma de chantagear o movimento sindical, a fim de que as entidades validem outros acordos prejudiciais para a categoria. Os sindicatos que se negaram a assinar a armadilha continuarão cobrando uma mudança na postura do banco.

 

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