25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data dá visibilidade à resistência das mulheres negras e busca ampliar o debate sobre o enfrentamento às discriminações de gênero e raça. É também um momento de valorização das culturas negras, na busca pelo respeito, representatividade e justiça social.
No Brasil, a data também é Dia Nacional de Tereza de Benguela e, em Belo Horizonte, homenageia Dona Valdete da Silva Cordeiro, importante liderança comunitária do bairro Alto Vera Cruz. Ela é ex-coordenadora do grupo cultural “Meninas de Sinhá”, projeto que atua na defesa dos direitos e luta pelo protagonismo das mulheres negras.
Além disso, também em referência ao dia 25 de julho, o mês passou a ser reconhecido como “Julho das Pretas”, com o objetivo de promover debates e eventos que celebrem as mulheres negras, dando visibilidade às suas trajetórias, conquistas e reivindicações.
"A luta das mulheres latino-americanas e caribenhas é contra a desigualdade de gênero, contra o racismo e toda forma de violência. Essa luta merece a solidariedade e o apoio de homens e mulheres, de todas as pessoas, negras e não negras, que se indignam com a injustiça", afirmou Paula Moreira, diretora do Sindicato.
Por justiça tributária e igualdade de oportunidades
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2024, 45,2% da população negra ocupada tinha trabalhos informais, índice que era ainda mais alto entre as mulheres negras: 45,6% trabalhavam sem carteira assinada. Os dados evidenciam a necessidade de avançar na criação e implementação de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.
As mulheres negras continuam, também, a enfrentar as maiores cargas tributárias por causa do sistema regressivo de tributação no Brasil, que taxa mais o consumo do que a renda e o patrimônio. Por isso, a luta por uma tributação justa também integra a mobilização.
Marcha das Mulheres Negras
No dia 25 de novembro acontecerá, em Brasília, a 2ª Marcha das Mulheres Negras, buscando reforçar a importância da coletividade e das redes de afeto e solidariedade, além de destacar a força da pluralidade. “Somos quilombolas, ribeirinhas, do campo, urbanas, periféricas, acadêmicas, artistas, trabalhadoras, meninas, mães, jovens e anciãs”, afirmam as organizadoras do ato.
Acesse o site oficial da Marcha das Mulheres Negras (clique aqui) para saber mais.