Apesar do lucro de quase R$12 bilhões no primeiro semestre 2025, o Bradesco segue com métodos de gestão que priorizam o lucro acima do bem-estar de funcionárias, funcionários e clientes. Em agosto, o banco implementou mudanças no setor da limpeza, desvalorizando e precarizando o trabalho dos profissionais da zeladoria, situação que tem gerado problemas nas agências, como o acúmulo de lixo.
Após as mudanças impostas pelo banco, os trabalhadores da zeladoria passaram a ter contratos de meio período e foram obrigados a atender diferentes unidades no mesmo dia. Essa prática desrespeita os funcionários e compromete a qualidade do serviço, resultando no acúmulo de sujeira.
Além disso, o Sindicato recebeu denúncias de que o kit com produtos de limpeza disponibilizado pelo banco é insuficiente (veja mais fotos abaixo) e que alguns funcionários da zeladoria estavam com o pagamento do vale transporte atrasado.
Diante do cenário, funcionárias e funcionários estão tendo que trabalhar em ambientes indignos. Giovanni Alexandrino, funcionário do Bradesco e diretor de Organização do Ramo Financeiro do Sindicato, destaca que além do assédio moral e cobrança excessiva pelo cumprimento de metas, que é uma prática comum no Bradesco, agora, bancárias e bancários também vivenciam um ambiente de trabalho degradante.
“É inadmissível que o banco adote essa prática de precarização da limpeza apenas para aumentar seus lucros. A medida gera inúmeros transtornos para a categoria, além de prejudicar também os clientes, que, muitas vezes, atribuem injustamente aos bancários a responsabilidade pela sujeira e pelos banheiros em más condições de uso. Seguiremos denunciando e cobrando do banco uma solução definitiva para o problema", afirmou Giovanni.
