Greve de 1985 será tema de audiência na Câmara dos Deputados

13/10/2025

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Greve de 1985 será tema de audiência na Câmara dos Deputados

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizará, nesta terça-feira, 14, a partir das 14h, uma audiência pública para debater a importância e celebrar os 40 anos da primeira greve nacional da categoria bancária, ocorrida em setembro de 1985. O presidente do Sindicato, Ramon Peres, participará do evento.

No requerimento da audiência, o deputado federal Daniel Almeida (PcdoB/BA) ressalta que a greve de 1985 foi “um passo importante para consolidar a categoria e unificar a luta por melhores condições de trabalho”. O deputado observa, ainda, que a greve de 1985 mobilizou aproximadamente 500 mil bancários em todo o país e gerou um “impacto importante no movimento sindical como um todo e iniciou um vitorioso processo de conquistas da categoria, que persistem até hoje.”

“É importante celebrarmos este momento histórico da classe trabalhadora de nosso país, que, em um momento em que ainda vivíamos sob a sombra de uma violenta ditadura que tinha acabado de terminar, conseguiu se organizar para realizar uma greve nacional, que mobilizou mais de 500 mil trabalhadores e trabalhadoras”, disse o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, que representará a entidade na audiência, Jeferson Meira, o Jefão.

Como resultado da mobilização, a categoria garantiu reajuste salarial de 90,78% e deu um passo importante na construção da organização nacional, que culminaria na criação do Comando Nacional dos Bancários e na consolidação dos direitos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida em todo o país.

 “Greve das seis horas” na CAIXA

Também em 1985, no dia 30 de outubro, as empregadas e empregados da CAIXA realizaram uma greve histórica, que paralisou as atividades no banco por 24 horas.

Na época, os empregados não eram considerados bancários, mas sim economiários. Além de conquistarem o direito de serem bancários, os trabalhadores conquistaram o direito de organização sindical e a jornada de seis horas.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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