Sindicato promove ato contra demissões, adoecimentos e fechamento de agências do Itaú

Na manhã desta terça-feira, 14, o Sindicato foi às ruas para cobrar mais responsabilidade do banco Itaú com as funcionárias e funcionários, que vêm enfrentando situações de assédio, adoecimento e o impacto das demissões e do fechamento de unidades. O ato foi realizado em frente à agência Investment Center Itaú Personnalité, que fica no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte.

A mobilização, que contou com performances circenses para chamar atenção da população, faz parte de um Dia Nacional de Luta, com a participação de bancárias e bancários de todo o Brasil. A campanha cobra, também, que o banco adote uma postura mais responsável em relação à saúde mental das trabalhadoras e dos trabalhadores, que têm enfrentado adoecimento e sobrecarga de trabalho.

Apenas nos doze meses entre julho de 2024 e julho de 2025, o Itaú fechou 223 agências físicas no Brasil. No mesmo período, foram fechados 518 postos de trabalho. Mais recentemente, no dia 8 de setembro, o banco promoveu demissão em massa de mais de 1.000 funcionários que atuavam em home office, em um processo marcado por falta de transparência.

"Temos recebido denúncias recorrentes de assédio moral nas unidades do Itaú. Há uma cobrança muito grande para obtenção de resultados, o que tem adoecido as funcionárias e funcionários. E as demissões também geram apreensão e pioram as condições de trabalho. Por isso, nós estamos realizando essa campanha para que o banco reveja o seu posicionamento e trate os trabalhadores com mais respeito", destacou Valdenia Ferreira, funcionária do Itaú e diretora de Saúde do Sindicato.

Para clientes e usuários dos serviços do Itaú, os impactos são a dificuldade para encontrar atendimento presencial, filas cada vez maiores e agências lotadas. Isto, ao mesmo tempo em que o banco segue cobrando altas tarifas e juros, sem oferecer a contrapartida de um atendimento de qualidade à população.