Pesquisa: ameaça de perda de função e sobrecarga são as principais formas de assédio na CAIXA

Pesquisa: ameaça de perda de função e sobrecarga são as principais formas de assédio na CAIXA

Quase metade dos empregados e empregadas da CAIXA sofreram ou testemunharam ameaça de perda de função e sobrecarga de trabalho. Os dados são de pesquisa encomendada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), em que foram entrevistados 3.820 empregados, da ativa e aposentados, entre junho e julho de 2025.

A pesquisa investigou os riscos psicossociais e os aspectos da organização do trabalho no banco público, buscando compreender indicadores e contribuir para o desenvolvimento de políticas de saúde efetivas, melhorando as condições de trabalho. No levantamento, foi considerada a exposição a práticas assediadoras de forma direta (ter sido vítima) e indireta (ter testemunhado).

A sobrecarga de trabalho foi a principal prática identificada, com quase metade dos entrevistados afirmando terem sido vítimas ou testemunhas. Os resultados mostram, também, que práticas como sobrecarga e ameaça de perda de função aumentam, em quase duas vezes, tanto o risco de uso de medicação controlada quanto o de diagnósticos psiquiátricos.

Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, os números confirmam que o modelo de gestão afeta a saúde mental dos trabalhadores. “A direção da CAIXA finge não ver que os empregados e empregadas estão sofrendo com diversos tipos de assédio. Além de não reorganizar a gestão do trabalho para evitar esse tipo de prática, agora tentou impor um reajuste no Saúde Caixa quase impossível para os trabalhadores. A categoria pede urgência nas condições de trabalho e no Saúde Caixa — este último é fundamental para garantir o tratamento adequado para os empregados que sofrem com assédio”, afirmou.

Em relação aos afastamentos, 41% dos participantes nunca se afastaram. Dos que se afastaram, 82% não emitiram o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT); destes, 37% justificaram com medo de retaliação ou recusa do gestor. Os dados reforçam a hipótese de que o número de afastamentos é insuficiente para mapear o adoecimento e suas causas, já que há um grande número de empregados trabalhando doentes por medo ou desinformação.

Para mais informações e resultados da pesquisa, acesse o site da Fenae.



Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Fenae

 

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