Dia da Consciência Negra: no combate ao racismo estrutural

20/11/2023

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 Dia da Consciência Negra: no combate ao racismo estrutural

Nesta segunda-feira, 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data foi escolhida em homenagem a Zumbi dos Palmares, liderança histórica na luta pelos povos afrodescendentes no Brasil, e objetiva o combate ao racismo estrutural e às desigualdades sociais que ainda afligem a população negra do país.

A escravidão foi uma prática legalizada no Brasil por mais de três séculos. Por isso, apesar de extinta há mais de 135 anos, o período escravagista ainda tem reverberações em todas as estruturas da sociedade, com reflexos no mercado de trabalho, nas condições de renda e no acesso a bens e serviços básicos, como educação e saúde de qualidade.

Por esta razão, é importante considerar o racismo como uma prática estrutural, visto que nossa sociedade é fundada com base na discriminação racial e na desigualdade de oportunidades. Um exemplo que reflete esse cenário é a menor taxa de pessoas negras em cursos de graduação. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2020, 36% dos jovens brancos de 18 a 24 estavam estudando ou terminando a sua graduação naquele ano, em contrapartida, entre pessoas pretas e pardas, esse percentual caía para 18%.

Os dados demonstram a necessidade de manutenção da Lei de Cotas para que haja maior inserção de pessoas pretas e pardas na educação superior. Essa legislação é considerada um marco histórico no país, em prol da igualdade de acesso à educação e por justiça social. Desde sua implementação, houve mudança significativa no perfil dos estudantes nas universidades públicas. Mas, esse cenário ainda precisa melhorar. Por isso, na última segunda-feira, 13 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma nova Lei de Cotas (clique aqui e veja o que mudou).

Para que o racismo estrutural seja combatido, além da conscientização, é necessária a implementação de políticas públicas que promovam a cidadania e a igualdade racial no Brasil. Além disso, é preciso que cada um se conscientize sobre o tema e faça de seu dia a dia uma permanente mobilização antirracista.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com CUT Brasil e Agência Brasil

 

 

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