Sindicato vai às ruas contra o fechamento de agências do Bradesco e do Itaú
03/07/2024
Notícias
Nesta quarta-feira, 3, o Sindicato foi às ruas, mais uma vez, se manifestar contra as demissões e o fechamento de agências do Bradesco e Itaú. No caso do Bradesco, a mobilização integra um Dia Nacional de Luta. Os atos ocorreram em Betim, em frente às agências Centro (1463) do Bradesco e Praça Tiradentes (6505) do Itaú, e a entidade chamou a população para se unir à mobilização, destacando que os clientes também são afetados.
Mesmo com lucros exorbitantes, os bancos continuam fechando agências e demitindo funcionárias e funcionários, que tanto se esforçam pelo bom desempenho. O resultado é sobrecarga de trabalho nas agências que permanecem abertas e a população enfrenta dificuldades para conseguir atendimento presencial, com grandes filas.
Somente em 2024, o Bradesco fechou 8 agências em Belo Horizonte e região. Já no Itaú, são 12 até o mês de julho. Isto, diante de lucros astronômicos: o Bradesco lucrou R$16 bilhões, em 2023, e o Itaú chegou à marca de R$ 35 bilhões.
Os bancos utilizam a expansão do uso da tecnologia e dos aplicativos como justificativa para o fechamento das unidades. No entanto, o Sindicato reforça que as agências físicas são essenciais para garantir acesso igualitário aos serviços bancários.
"As tecnologias não justificam a falta de atendimento, a sobrecarga de trabalho e o adoecimento. Nos bairros mais afastados, por exemplo, presenciamos filas enormes, às vezes para fora da unidade, agências com poucas pessoas para realizar atendimento, sem contar a pressão velada de vendas e cumprimento de metas", destacou Giovanni Alexandrino, funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato.
Valdenia Ferreira, funcionária do Itaú e diretora do Sindicato, cobrou mais responsabilidade social dos bancos. “É inaceitável que o setor financeiro, um dos que mais lucram no nosso país, trate com tanto descaso seus trabalhadores e clientes. Queremos a manutenção da qualidade dos serviços e o fim do adoecimento de bancárias e bancários. Nossa mobilização para exigir respeito é permanente”, afirmou.
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