Proposta do governo para isentar quem ganha até R$ 5 mil é pauta dos movimentos sindicais
28/11/2024
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O governo Lula preparou uma proposta para que pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil tenham isenção de Imposto de Renda. A notícia foi divulgada oficialmente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 27, em rede nacional. A proposta será enviada para o legislativo junto a um pacote de cortes de gastos que a equipe econômica elabora desde o fim das eleições municipais.
"Essa é uma pauta dos movimentos sindicais, e que o presidente Lula se comprometeu em realizar na campanha eleitoral. O Brasil carrega uma distorção tributária muito grave, em que os pobres são tributados para aliviar os mais ricos. É claro que a maior parcela dos impostos pagos vem do consumo, mas essa proposta de isentar quem ganha até R$ 5 mil é um importante passo para a justiça econômica ao trabalhador e trabalhadora", avalia Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT.
Em entrevista sobre esse compromisso, feita no mês passado à rádio O Povo/CNB de Fortaleza, o presidente Lula destacou que o governo espera conseguir ampliar, no futuro, a margem de isenção. "O povo trabalhador, proporcionalmente, paga mais imposto do que o rico. Então, o que queremos é isentar as pessoas que ganham até R$ 5 mil e no futuro isentar mais. Na minha cabeça, salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação. Esse, sim, deveria pagar Imposto de Renda", pontuou.
O movimento sindical irá acompanhar a tramitação da pauta no Congresso Nacional e defende, ainda, a taxação dos super-ricos e tributação dos dividendos para que aqueles que têm mais arquem com sua parte.
O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, explica que, de forma geral, os tributos, importantes para custear os serviços públicos, como educação, saúde e segurança, incidem sobre três bases: renda, consumo e patrimônio dos cidadãos e empresas. "As distorções tributárias estão presentes em todos esses eixos, de forma a beneficiar os ricos e onerar mais aos pobres. Portanto, com essa proposta, do ministro Haddad, e que esperamos que seja aprovada pelo Congresso Nacional, vamos conseguir dar um passo importante para reduzir parte das distorções e beneficiar a população".
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT