O que importa para o BB é aumentar dividendos para os acionistas e reduzir sua função social

05/02/2025

Banco do Brasil
O que importa para o BB é aumentar dividendos para os acionistas e reduzir sua função social

Em fevereiro de 2024, o Conselho Diretor do Banco do Brasil aprovou a elevação da distribuição de dividendos de 40% para 45%. A decisão evidencia que o banco tem privilegiado os interesses dos acionistas e se afastado de sua função social.

De acordo com Rogério Tavares, funcionário do BB e diretor do Sindicato, as principais mudanças no Banco do Brasil aconteceram em 2016 e, desde então, várias reestruturações prejudiciais para os trabalhadores foram promovidas. "A virada de chave no Banco do Brasil se deu logo após a posse do golpista Michel Temer. Assim que a presidenta Dilma foi afastada, Paulo Cafarelli, nomeado presidente do BB, anunciou a nova missão corporativa do BB: 'o Banco do Brasil irá aumentar sua rentabilidade em níveis compatíveis aos dos bancos privados'", ressaltou. 

Desde então, funcionárias e funcionários têm sido submetidos a um aumento da pressão por metas, assédio moral e práticas desrespeitosas na busca por resultados, incluindo as reestruturações. Em novembro de 2016, em pleno domingo, o banco anunciou uma reestruturação que fechou 781 agências e reduziu mais de 9 mil postos de trabalho, precarizando o atendimento à população e penalizando o funcionalismo com sobrecarga de trabalho.

Em 2019, outra reestruturação reduziu, ainda mais, o número de agências e de funcionários. Já em 2020, o BB implantou o Performa, que teve impacto negativo na carreira de mérito, ocasionando a diminuição das verbas salariais do funcionalismo. Logo depois, em 2021, o banco anunciou que acabaria com os caixas executivos, propondo substituir a gratificação mensal por um pagamento apenas por dia trabalhado, quando necessário. Diante disso, o movimento sindical se mobilizou, acionou a justiça e garantiu a manutenção da gratificação para todos até a recente reestruturação. 

"Tudo isso ocorre sob o comando da Vice-Presidência de Varejo, a área responsável pelas reestruturações e pela pressão extrema pelo cumprimento de metas. Desde 2016, a gestão segue praticamente inalterada, mantendo a mesma mentalidade perversa. O movimento sindical seguirá firme na luta por um Banco do Brasil verdadeiramente público, que respeite e valorize suas funcionárias e seus funcionários", finalizou Rogério Tavares.

Veja a live promovida pelo Sindicato para saber mais sobre a nova reestruturação:

 

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