Comando Nacional apresenta conquista para capacitação de trabalhadoras na área da TI ao Ministério das Mulheres

O Comando Nacional dos Bancários esteve no Ministério das Mulheres, em Brasília, nesta quinta-feira, 27,  para apresentar a conquista da categoria bancária em 2024 de dois cursos, financiados pelos bancos, para capacitação de mulheres na área de Tecnologia da Informação (TI). Foram 3.000 bolsas de estudo para capacitação de mulheres em programação, na escola PrograMaria, e 100 bolsas para formação avançada de mulheres em tecnologia, na escola Laboratória. As bolsas estão previstas nas cláusulas 100 e 101 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. 

A agenda marcou o lançamento das Iniciativas de Igualdade da Mulher Bancária e foi composta por uma mesa tripartite, com lideranças femininas do Comando Nacional dos Bancários, da Comissão de Negociação da Fenaban, do Ministério das Mulheres, além de representantes das escolas PrograMaria e Laboratória.

“As mulheres não estão inseridas no mercado de trabalho de tecnologia, área na qual teremos mais empregos e investimentos no futuro. Área em que os bancos, as empresas e as big techs investem. E nós, mulheres, estamos alijadas deste espaço. Na nossa categoria, desde a pandemia, tivemos um aumento no número de trabalhadores na área de TI. Porém, só 25% são mulheres”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

Em 2022, 75,4% dos trabalhadores de TI nos bancos eram homens e apenas 24,6% mulheres. Sendo que em 2012, a proporção de mulheres na área era maior: 31,9%. Além disso, é importante destacar que, de 2012 a 2022, o percentual de trabalhadores de TI nos bancos passou de 5,1% para 11,2%.

Mesa de Igualdade de Oportunidades

“Chegamos aqui hoje com uma construção de uma mesa de Igualdade de Oportunidades que já tem 23 anos. Por isso que conseguimos ser pioneiras em tantas coisas e chegar nesses resultados”, enfatizou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes. 

“Acho que vamos conseguir fazer uma grande diferença. É uma grande conquista. São 3.100 mulheres que vão estar colocadas em outro mundo do trabalho, em outra perspectiva, com outro olhar (…) Para começar, temos de dar um primeiro passo. Hoje são 3.100, daqui a pouco serão 6.200, até a hora que teremos todas as mulheres do Brasil para estarem ou não saírem destes espaços”, concluiu a ministra.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com SP Bancários