Seminário de Saúde da Fetrafi-MG debate precarização do trabalho e adoecimento

22/10/2025

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Seminário de Saúde da Fetrafi-MG debate precarização do trabalho e adoecimento

Com o mote “Um Olhar Atento à Saúde do Trabalhador e Trabalhadora”, o primeiro Seminário de Saúde da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG) teve início, nesta quarta-feira, 22 de outubro, com uma mesa de abertura que reforçou a importância da iniciativa. O evento ocorre no Quality Hotel Pampulha, em Belo Horizonte, durante todo o dia.

“Este Seminário tem uma grande importância e temos a expectativa de sairmos fortalecidos para a nossa luta sindical no dia a dia. Vamos ter palestras importantes com representantes de diferentes entidades que atuam na defesa da saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores. Esperamos que todos saiam com mais instrumentos para nossa atuação”, destacou Luciana Duarte, diretora do Sindicato e secretária de Saúde da Fetrafi-MG.

Para Carlindo Dias (Abelha), presidente da Fetrafi-MG, o primeiro Seminário de Saúde é um marco na história da Federação. “É fundamental realizarmos seminários temáticos, pois estamos à frente da formação dos trabalhadores. O objetivo é que possamos levar estes conhecimentos para conversar com a categoria. Desejo a todas e todos um ótimo Seminário, que enriqueça nosso trabalho e permita fazermos melhores negociações com os bancos”, afirmou.

Precarização do trabalho

A coordenadora do Fórum Sindical e Popular de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, Marta de Freitas, abordou a precarização do trabalho e o adoecimento. “Assédio moral e sexual, jornadas prolongadas, cobranças de metas e prazos, falta de reconhecimento, intolerância, cultura do medo. Estas são coisas que precisamos repensar. Estamos vivendo, hoje, um colapso mental, físico e emocional”, denunciou, apontando medidas prioritárias para combater o quadro, como desenvolver estratégias, campanhas e ações para exigir a proteção aos trabalhadores.

Outro problema que afeta, diretamente, a saúde dos trabalhadores é a fragilização das relações de trabalho. É o que explicou a Secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT-MG, Yara Cristina Batista, que é profissional da saúde. “Hoje, vivemos a ameaça da pejotização, em que todo mundo é patrão de si. E aí, como fica a nossa seguridade, a nossa previdência? Hoje, um trabalhador PJ sequer tem o direito de adoecer. E muito disso veio da reforma trabalhista do governo Temer”, explicou.

Gilson Reis, gerente de projetos da Fundacentro, explicou o papel da instituição e traçou um panorama histórico sobre as relações de trabalho. Em relação aos bancários, destacou que “o setor mais lucrativo e que mais tem condições de valorizar a sua categoria, é o que mais faz seus trabalhadores sofrerem por causa da ganância. Dos anos 1970 para cá, foram 600 mil postos de trabalho bancário fechados no Brasil, ao mesmo tempo em que o setor financeiro ampliou a sua influência. É um sistema poderoso que temos que enfrentar”.

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