Mesa debate os impactos das novas tecnologias e IA no mercado de trabalho

23/08/2025

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Mesa debate os impactos das novas tecnologias e IA no mercado de trabalho

A 27ª Conferência Nacional dos Bancários tem como slogan “o futuro que queremos”, com o objetivo de buscar formas de defender a democracia e o trabalho bancário. Pensando nisso, neste sábado, 23, foi realizada a mesa “Inteligência Artificial (IA), impactos e regulação”, a fim de debater as repercussões da IA no emprego bancário. O presidente do Sindicato, Ramon Peres, integrou a mesa, que contou com o convidado Lucas Leffa, assessor da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Ramon, que integra o Comando Nacional dos Bancários, destacou que o tema tem sido muito discutido e lembrou a recente criação de um Grupo de Trabalho (GT) para debater a Inteligência Artificial (IA) no ramo financeiro. “Após cobranças do movimento sindical, a Fenaban concordou em incluir os trabalhadores no debate sobre mudanças tecnológicas no setor bancário. A proposta é que haja uma mesa permanente para discussões sobre IA. Isso é extremamente importante!”, disse. 

“Precisamos pensar em formas de usar a IA para gerar riqueza para os trabalhadores e não somente para as empresas. É essencial termos um acordo coletivo que garanta que os trabalhadores não sejam pejotizados e terceirizados”, afirmou Ramon. 

Durante sua fala, o convidado Lucas Leffa alertou sobre a urgência da regulação das novas tecnologias. Segundo ele, a ausência de normas gera consequências negativas para toda a população: há o aumento do número de golpes e fraudes online, a exposição de crianças e adolescentes a conteúdos inadequados, além da precarização do trabalho. “Por isso, é importante garantir que os direitos fundamentais sejam respeitados no ambiente digital”, disse. 

Acerca do mercado de trabalho, Lucas observou a necessidade de que a humanidade e a empatia sejam mantidas mesmo diante das novas tecnologias. Ele usou como exemplo uma organização italiana que excluiu motoristas entregadores com base em algoritmos, sem explicar suas decisões aos trabalhadores. “Essa situação é um exemplo do que não pode acontecer. Então, no Brasil, é essencial restringir o uso da IA no recrutamento, triagem, filtragem ou avaliação dos trabalhadores”, ressaltou.

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