Plenária discute negociações com os bancos e mobilização da categoria na Campanha Nacional
15/08/2024
Notícias
Após sete rodadas de negociação com a Fenaban, e ainda sem proposta dos bancos para as reivindicações da categoria, o Sindicato promoveu mais uma Plenária Virtual nesta quinta-feira, 15 de agosto. O debate ocorreu no mesmo dia de uma grande mobilização nacional, com atos e paralisações (veja aqui) para exigir respeito dos bancos. Assista à plenária na íntegra abaixo.
O presidente do Sindicato, Ramon Peres, relatou os pontos tratados na negociação, que durou seis horas, e explicou que houve alguns avanços importantes em cláusulas sociais. Entre eles: programas para inclusão de mulheres nos setores de TI; iniciativas voltadas às pessoas LGBTQIAPN+; garantia de comitês de crise com os sindicatos em situações de calamidade pública; e melhorias na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em relação à igualdade de oportunidades.
Já em relação às cláusulas econômicas, Ramon criticou o posicionamento dos bancos. “Apesar dos avanços que tivemos, a reunião foi ruim. Queremos valorização e que os bancos nos respeitem na mesa. Não é possível que sigam dizendo que não é possível valorizar os bancários porque os resultados estão piorando. É uma mentira deslavada! Os bancos estão lucrando como sempre lucraram. Vamos continuar mobilizados e, se precisar, faremos greve”, afirmou Ramon.
O presidente do Sindicato também explicou que faltaram algumas devolutivas. Sobre metas, a Fenaban se nega a discutir, reconhecer ou incluir o tema na CCT. Na pauta da jornada de quatro dias, os bancos ficaram de dar resposta na próxima semana.
Leia mais detalhes sobre a última negociação aqui.
CAIXA
A diretora do Sindicato e da Contraf-CUT, Eliana Brasil, que participa das mesas específicas com a CAIXA, avaliou que a mesa desta quarta-feira, 14, foi a primeira em que houve um sentimento de diálogo com a empresa. Houve avanços em questões de saúde do trabalhador, isenção de anuidade para empregados, mais acesso dos sindicatos aos trabalhadores e igualdade de oportunidades.
Faltaram, porém, propostas sobre reivindicações importantes, como a substituição em cascata, Bônus Caixa, funções por minuto, teletrabalho e pautas ligadas às pessoas com deficiência (PCDs). Saiba mais aqui.
Banco do Brasil
Já a mesa com o Banco do Brasil não foi satisfatória segundo Rogério Tavares, Secretário-Geral do Sindicato que integra a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) e participa das negociações específicas.
O que houve de positivo, de acordo com o dirigente, foram a anistia de horas negativas da pandemia, para pessoas acima dos 60 anos, além da utilização de um novo aplicativo interno de mensagens que só funcionará durante a jornada de trabalho e mudança na ferramenta de concorrências, de TAO para DIGITAO. Porém, faltaram devolutivas sobre o fim do teto da PLR, fim do Performa, reposição de funcionários com mais concursos. Saiba mais aqui.
Santander
Ao final da reunião, a diretora do Sindicato Paula Moreira, falou sobre as negociações que ocorrem, paralelamente à Campanha Nacional, para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com o Santander. O banco, que foi palco da mobilização do Sindicato, nesta quinta-feira, 15, tem sido um dos mais traiçoeiros com a categoria bancária. Saiba mais sobre a mesa específica.
Veja a Plenária na íntegra: